Utilizando um novo jeito de agregar opiniões, eles pretendem deixar a crítica BEM menos branca e dominada por homens!
Durante a premiação Women in Film Crystal + Lucy Awards que rolou em Junho deste ano, a Brie Larson (<3) fez um discurso BEM foda pedindo para que a mídia desse espaço para mais críticos de cinema que não fossem do clã homens-brancos-hétero-cis. “Eu não preciso que um cara branco de 40 anos me diga o que não funcionou bem em Uma Dobra no Tempo” disse. “Não foi feito pra ele! Eu quero saber a opinião de mulheres e adolescentes não-brancas e birraciais!”.
Ela também explicou que, por mais que algumas pessoas não entendam bem, críticas são sim SUPER importantes e que foi justamente por conta delas que o filmaço O Quarto de Jack caiu nas graças do público e foi parar no Oscar. E ela deixou claro que isso não é sobre “odiar homens brancos”, mas sim sobre ver DE VERDADE uma diversidade maior nas opiniões: “se você fizer um filme que é uma carta de amor às mulheres não-brancas, as chances dessas mulheres assistirem e avaliarem esse produto são baixíssimas.”
E VEJA SÓ: a ideia tá se espalhando! De acordo com a Variety, o Rotten Tomatoes anunciou uma mudança nos seus critérios e vai passar a agregar também críticas feitas em blogs pessoais AND outras mídias além da escrita, como podcasts e videos. Isso significa uma adição de 200 críticos aprovados na plataforma e uma nova maneira de tentar juntar um grupo cada vez mais heterogêneo com mais mulheres, pessoas não-brancas e outros grupos pouco representados por aí.
Jenny Jediny, gerente de relacionamento com críticos do site, disse que eles receberam muuuitas mensagens sobre como esse nicho estava mudando. “Mais pessoas estão escrevendo informalmente, mas nós não refletíamos isso. Estávamos focados nas resenhas escritas para publicações conhecidas e pré-aprovadas.”, contou.
Segundo um estudo da Universidade da Carolina do Sul, das 19.559 críticas colocadas no Rotten Tomatoes sobre os 100 maiores filmes em bilheteria de 2017, 77,8% foram escritas por homens. E, ao todo, 82% dessas foram feitas por pessoas brancas.
Paul Yanover, da Fandango, empresa dona do RT, disse que esse é só o começo de tudo. “Mais resenhas significa mais pontos de vista e mais plataformas incluídas… Ao expandir nossos critérios, refletimos mais os novos caminhos da crítica cinematográfica atual.”
Agora, precisamos aguardar a entrada e reflexo dessa mudança. Com cada vez mais preocupação (e tretas, RISOS) sobre representatividade nos produtos culturais, NADA MAIS JUSTO do que dar voz aos críticos que também se afetam mais com essas histórias, né? ;)