Nesse domingo, em San Francisco, California, acontece a trigésima primeira edição do WrestleMania, o equivalente à final da Copa do Mundo, SuperBowl ou San Diego Comic-Con do pro wrestling, que você talvez conheça como telecatch ou simplesmente lutinha.

Tyson Kidd & Cesaro enfrentam The New Day, Los Matadores e os Irmãos Uso pelo título de duplas. The Miz, Curtis Axel, Ryback, Fandango, Adam Rose, Zack Ryder, Jack Swagger, Titus O’Neil, Darren Young, Big Show, Kane, Erick Rowan, Damien Mizdow, Sin Cara, Goldust, Heath Slater, Mark Henry, Konnor, Viktor e Hideo Itami (pelo menos) se DEGLADIARÃO na “Andre the Giant Memorial Battle Royal”. Wade Barrett, Daniel Bryan, Dean Ambrose, Dolph Ziggler, Luke Harper, R-Truth e Stardust, numa luta de escadas, tentarão conquistar o título Intercontinental (ainda que só o Barrett seja de outro continente). John Cena vencerá Rusev e sairá com o título de Campeão dos EUA. Randy Orton e Seth Rollins se enfrentam só porque sim, assim como Undertaker e Bray Wyatt, e Sting e Triple H e, claro, AJ Lee + Paige e as Irmãs Bella. Por fim, Brock Lesnar enfrenta Roman Reigns no MAIN EVENT OF THE EVENING.

No momento em que eu escrevo e/ou você lê isso, a grande maioria dessas lutas já está definida. Não só quem ganha o quê, mas também como é que isso vai se desdobrar no futuro da WWE. Sabe por quê? Porque essas lutinha não são lutinha.

Pra quem é Putinha da Lutinha como este que vos escreve, isso é óbvio e sim, todos nós sabemos, ninguém de fato acredita que seja real. Ninguém assiste pra esperar que quem acertar mais e/ou melhores golpes no outro seja o vencedor. Nós assistimos pela galhofa, pelos golpes malucos e, principalmente, pela história.

Porque, sim, TUDO aquilo está contando uma história que COSTUMAZMENTE se encerra no WrestleMania. Arcos longos, com capítulos contados toda semana na frente de milhares de pessoas, ao vivo. É como se fosse uma mistura de série de TV, novela e Sai de Baixo.

Há uns dez dias, Max Landis, roteirista que nos apresentou a saudosa Cíntia Moura em Mestres do Terror e é o responsável pelo texto de Poder Sem Limites, lançou no YouTube o curta Wrestling isn’t Wrestling. Nele, o próprio Landis narra a história do Triple H, o seu “possivelmente lutador favorito”. Desde o surgimento, como Jean-Paul Lévesque, até o momento em que virou o Triple H, marido da filha do dono.

É, provavelmente, a coisa mais genial que já fizeram nesse universo, desde que ele surgiu. :D

Ao usar mulheres no lugar dos lutadores e colocar as histórias em cenários aleatórios, Max Landis conseguiu o seu objetivo apresentado logo no começo do filme: mostrar que o pro wrestling não é wrestling. Que lutinha, não é lutinha. E que é justamente POR ISSO que gostamos tanto.

Porém, o grande PODER de Wrestling Isn’t Wrestling é colocar na cabeça de quem “você sabe que é mentira, né?” que sim, você sabe. E que, cara... Ainda assim pode ser legal. Sabe Game of Thrones, ou Vingadores, ou videogames e quadrinhos que você tanto gosta? Não são reais também e ninguém preenche o saco de ninguém por isso, né? ;D

Arranje 25mins do seu dia e aperte o play aí embaixo. E, no domingo, acompanhe a gente no @JudaoWWE lá no Twitter, pra comentários AO VIVO do evento, desde o início, às 19h. :D