Heroes of Mandalore, partes 1 e 2, resolve uma das principais histórias da terceira temporada enquanto começa a preparar terreno pra tudo o que vai acontecer durante o quarto, e último, ano da série
“Eu pude criar conexões e motivações melhores através de todos os episódios. É bem diferente das outras temporadas, porque enquanto os episódios são autônomos, eles são muito próximos uns dos outros em progressão. Eles se afetam mais. É mais serializado do que você tá acostumado” afirmou, em entrevista ao Nerdist o produtor-executivo Dave Filoni.
Não que Star Wars Rebels tenha sofrido em algum momento com o fato de seus episódios serem menos presos uns aos outros, mas faz bastante sentido que em sua última temporada as coisas aconteçam de alguma maneira que resolvam algumas das muitas pontas soltas e consigam nos entregar pra algum momento próximo do que vimos em Rogue One.
Por exemplo, a relação entre Kanan e Hera é muito maior e mais antiga do que o que vimos nos últimos três anos — o livro Star Wars: Um Novo Amanhecer, de John Jackson Miller, já deixou bem claro –; qual a importância real oficial de Lothal; Sabine é o crush do Ezra desde que ele botou os olhos nela; os rebeldes estão cada vez mais fortes, cada vez mais dando trabalho para o Império... Star Wars Rebels é a melhor coisa de Star Wars desde Star Wars, sim, mas se tem uma data pra terminar, esse tipo de coisa precisa ser resolvida.
E, com Heroes of Mandalore, partes 1 e 2, parece que vai ficar tudo mais do que bem.
Rola sim uma certa pressa pra resolver um dos temas que PERMEOU boa parte da terceira temporada — o retorno de Sabine a Mandalore, o Sabre Negro e o que o Império acabou fazendo com o planeta — mas é tudo feito da melhor maneira possível. As tretas hierárquicas ficam mais fáceis de serem compreendidas e, portanto resolvidas, permitindo que outros temas ganhem destaque, como a corrupção pelo poder, a falácia do “vamos nos armar pra conseguirmos a paz” e, ainda que seja só por uma frase, a ideia de lutar contra a opressão do Império através da arte também é lançada em determinado momento.
Porque, bom, cultura pop e vida real, né? Tem gente que ainda insiste em dizer que se trata apenas de uma série, ou obras de ficção, né? Aliás, nesse sentido, é muito legal ver o Ezra, Jedi, usando um capacete imperial e o jetpack mandaloriano, tudo ao mesmo tempo. :)
Fora isso, o resto da temporada começa a tomar forma também. Os primeiros sinais de resolução de Hernan & Ezbine começaram a aparecer, bem como o de que a tripulação da Ghost está se dirigindo à batalha mais importante das suas vidas.
Mas, em resumo, Heroes of Mandalore é isso: resolve uma treta que já vinha de longa data e que terá mais signficado como consequências que a Sabine precisou enfrentar (fez merda na vida, reconheceu a cagada e faz o que pode pra melhorar o mundo) e joga algumas SEMENTES do que vai acontecer pelos próximos meses.
A brincadeira deve começar a andar de verdade com In the Name of the Rebellion, partes 1 e 2, os episódios da próxima semana, como o próprio título e o fato de ser mais um ~especial de duas partes demonstram.
Se bem que, até o dia 13 de Novembro, teremos NOVE episódios exibidos, quase todos em duplas, num dia só, até entrar num hiato que só acaba no ano que vem. Pelo jeito, não só querem fazer as coisas mais seriadas como querem dar espaço suficiente para os Últimos Jedis (eu vou escrever no plural sim, NÃO RECONHEÇO ESSA PUTARIA DE JEDI SEM PLURAL)... Enfim.
Star Wars Rebels continua sendo uma série que você DEVERIA assistir, com temas cada vez mais importantes e atuais sendo tratados. Corre que dá tempo de ficar UP TO DATE com o que tá acontecendo, e aí a gente chora quando acabar — por acabar e porque porra, eles vão se juntar aos Rebeldes da Mon Mothma, cara... E VOCÊ SABE O QUE ACONTECE, POXA VIDA. :X