Pra Henry Cavill, o DCEU “não deu a todo mundo aquela sensação que super-heróis deveriam dar a quem tá assistindo”
“Concordo. O mundo tá muito hilário nesse momento. Há muita risada na vida real pra um filme ser ‘divertido’. Abaixo a felicidade!” disse Taika Waititi, diretor de Thor: Ragnarok, em resposta a um TRANSEUNTE que mandou um tweet para a Marvel Studios e o próprio afirmando que quer “mais Soldado Invernal e menos Guardiões da Galáxia e Thor: Ragnarok. Não que sejam ruins, mas um descanso da comédia é preciso”.
Concordo com o transeunte quando ele diz que precisamos de mais filmes como Capitão América: Soldado Invernal, especialmente pelo peso político e alcance que têm. Mas em tempos tão sombrios como esses que vivemos, a gente precisa ainda mais de algo que nos dê esperança de que as coisas podem ser melhores. Que nos façam rir, que nos tire um pouco a cabeça de toda a SOTURNEZ que existe lá fora.
É em momentos como esse que precisamos de heróis mais do que nunca. Capitalismo à parte, era nessa hora que o Universo DC dos Cinemas deveria dominar as bilheterias, as conversas e a cabeça das pessoas. Porque enquanto um Universo usa a humanidade pra gerar empatia e o humor pra aliviar as coisas, é o outro que tem esses heróis que, literalmente até, só enxergamos quando olhamos pra cima — corajosos, benevolentes, otimistas e carregados de esperança de que sim, o mundo ainda tem jeito.
O mundo e o wundo. ;)
Foi Mulher-Maravilha que definiu o gênero “filme de super-herói” justamente por isso. Gal Gadot sorri e a gente sabe que as coisas podem estar um mar de chorume, mas daqui a pouco passa. Por mais confusa que fique com os absurdos do mundo dos homens, ela sempre soube o que — e por que — estava fazendo. E o principal: ela sempre esteve do nosso lado, acima de absolutamente tudo.
E, se tudo der certo, em breve teremos o Superman ao seu lado.
Faltando pouco mais de duas semanas para a estreia de Liga da Justiça, Henry Cavill deu uma entrevista para a revista The Rake na qual mostrou uma sensatez nunca antes vista no Superman que interpretou até o momento. “Havia um estilo que eles queriam, uma tentativa de ser diferente e olhar pras coisas de uma perspectiva diferente, que não necessariamente funcionou. Sim, fez muito dinheiro mas não foi um sucesso de crítica; não deu a todo mundo aquela sensação que super-heróis deveriam dar a quem tá assistindo”.
“Nós podemos começar a contar as histórias do jeito que elas precisam ser contadas”, continuou Cavill. “É ainda melhor melhor voltar depois de um equívoco ou erro estilístico para o caminho correto porque vai parecer muito mais forte. ‘Mulher-Maravilha’ foi o primeiro passo correto nessa direção”.
O que talvez seja o grande destaque da sua declaração é quando ele diz que “mesmo se a Marvel não existisse nós teríamos dificuldade”. Porque o problema nunca foi gostar de um e não gostar de outro por definição. Sim, sem a Marvel não teríamos o que tivemos pelo lado da DC nos cinemas, do jeito que tivemos; mas não foi o gosto por um que machucou o outro.
Irônico, no entanto, o fato de isso ser dito pelo Superman em pessoa. Um humano que é mais Superman do que o seu próprio Superman. :)