Vai ser do DCEU. Mas vai ser um filme solo, sem exatamente muitas ligações com os outros filmes. Ou seja… ?
Semântica, assim como contexto, é tudo nessa vida. Depois de afirmar que, quando abordado pela Warner pra dirigir The Batman, ouviu que o filme seria “algo separado, não parte do universo expandido”, Matt Reeves usou seu twitter na tarde desta quinta-feira pra esclarecer o que, exatamente, ele quis dizer com aquilo.
“Nos meus comentários feitos um tempo atrás sobre não fazer parte do DCEU, eu tava falando sobre The Batman ser uma história especificamente sobre o Batman, não outros no Universo. Que não teria várias participações, servindo outras histórias — que seria uma história do BATMAN.”
“Mulher-Maravilha!” alguns podem sair gritando como exemplo, mas eu citaria, olhando para o outro lado do ALAMBRADO, os dois Guardiões da Galáxia (principalmente o segundo) e o ótimo Homem de Ferro 3, além de, como já citamos aqui anteriormente, Logan, como exemplos de “filmes solo dentro de um universo”. Na DC, o melhor exemplo acaba sendo Homem de Aço.
São filmes que você pode assistir tranquilamente, sem se preocupar com suas conexões diretas com outros, ao mesmo tempo em que, se quiser, consegue enxergar um monte de ligações e seguir a história.
O ponto aqui, porém, é o significado real do que é o DCEU hoje em dia — aparentemente, algo muito menos coeso do que se imaginava quando Batman VS. Superman e Liga da Justiça surgiram no mapa da Warner. Mas isso semanticamente. No contexto, o que aparenta é que esse mesmo DC Extended Universe não passa de algo que só existiu na cabeça de fãs e de quem precisava de algo mais interessante do que “DC Filmes” pra chamar esses filmes todos da DC / Warner.
Mas se quiser resumir em bagunça, também pode. O texto da matéria original está aí embaixo, devidamente atualizado, pra quem se interessar.
“The Batman é algo separado, não é parte do Universo expandido”. Quem disse foi o diretor Matt Reeves ao Bussines, o podcast da jornalista Kim Masters. E isso, bom, pode significar muitas várias coisas.
“Quando eles me abordaram, o que falaram foi: ‘olha, é algo separado, não é parte do universo expandido”, disse Reeves, que também deixou bem claro que está lá não pra fazer o que a Warner quer, mas o que ele está afim: “Eu não quero fazer qualquer versão do Batman, eu quero fazer a minha versão do Batman”
Não que isso seja uma notícia ruim, MUITO pelo contrário, mas há algumas possibilidades para esse discurso. A inicial, mais aceitável, é que a WB deu liberdade criativa para que Reeves use o Ben Affleck para criar a história do Batman que ele quiser, com a liberdade criativa de não usar os elementos deixados por Zack Snyder. Algo ambíguo, que pode ou não ser do universo compartilhado dos outros filmes – um pouco como James Mangold fez em Logan.
Outra interpretação é que Matt Reeves irá chutar o pau da barraca. Um outro Batman, um outro clima, um outro tudo. Isso explicaria não só esses rumores sobre o Ben Affleck não ser mais o Cavaleiro das Trevas, e até a forma SABÃO como ele respondeu sobre o assunto na última San Diego Comic-Con.
Seja com Ben Affleck ou não, Matt Reeves aproveitou a entrevista para dar mais detalhes sobre a visão dele para o Morcegoman. Além de comparar o personagem com o Caesar da franquia Planeta dos Macacos – um cara atormentado que quer fazer o correto num mundo fodido –, o diretor também comentou que quer fazer uma história com uma pegada mais clássica. “Essas histórias, principalmente no começo, na Era de Ouro, eram histórias noir”, disse Reeves. “Tem uma grande possibilidade de fazer algo que seja desse ponto de vista noir, que é o que eu gosto”.
Eu só não me animaria muito, não. O cara saiu agora do modo Planeta dos Macacos, já que o terceiro filme da franquia, dirigido por ele, acabou de ser lançado, e vai mergulhar com tudo em Gotham City. Inclusive, Reeves disse diversas vezes que a Warner e ele estão animados com o projeto, mas que tudo ainda está no começo – o que também justifica todas as dúvidas recentes do Ben Affleck. E, pra fechar, ele afirmou: “Eu nunca trabalhei com eles [a Warner]. Eu não tenho ideia [de como será]”.
Nem nós, Matt. Nem nós.