The Dinosaur Lords: porque tudo fica mais legal com dinossauros | JUDAO.com.br

Obra do escritor Victor Milán será lançada em breve no Brasil pela editora Darkside Books, adicionando um elemento especial — e cheio de dentes — à literatura de fantasia

“É como um cruzamento entre Jurassic Park e Game of Thrones”. A definição de The Dinosaur Lords, lançamento literário de 2015 que vem arrebatando comentários empolgados dos fãs de fantasia, partiu de um sujeito que entende do riscado: George R. R. Martin. Dá pra levar a sério o que o homem fala, né?

A obra de Victor Milán, a primeira de uma possível trilogia, será lançada oficialmente no mercado americano nesta terça-feira, 28. Mas sabemos que ela deve chegar ao Brasil em breve, já anunciada com pompa e circunstância (tá ouvindo as trombetas?) pela Darkside Books. Embora a data de lançamento por aqui ainda não tenha sido cravada, dá para entender o motivo de tanta gente estar roendo as unhas de ansiedade por aí.

Embora o nome talvez não seja assim tão popular, Milán está longe de ser um estreante no mundinho da literatura geek. Desde a metade da década de 1980, já escreveu nada menos do que 100 livros, alternando entre a boa e velha fantasia medieval e um monte de paradas de ficção científica. Já escreveu livros de Star Trek (From The Depths, 1993) e ainda novelizações dos universos de franquias de jogos/RPGs como Battletech, Forgotten Realms, Mechwarriors, além, é claro, de The Cybernetic Samurai (1985) e The Cybernetic Shogun (1990), dois livros que misturam a ambientação cyberpunk com toda a tradição dos samurais e se tornaram pequenas pérolas cult para os apreciadores do gênero.

Milán também é um dos nomes recorrentes da antologia Wild Cards, a série de histórias de ficção/super-heróis reunida e editada pelo próprio Martin como parte de um único universo compartilhado (e que já ganhou edições brasileiras pela mesma LeYa de Guerra dos Tronos). E que, ora bolas, surgiu como uma campanha de RPG que Martin mestrava para um grupo de amigos – Milán incluído.

“Então, quem gosta de dinossauros? Todos vocês? Claro. Quero dizer... quem NÃO gosta de dinossauros?”, provoca Martin, em seu blog pessoal. “Eu me apaixonei por eles quando era criança, na minha primeira visita ao Museu de História Natural de Nova York. Tinha uma grande coleção de dinossauros de brinquedo e costumava fazer eles lutarem com meus bonecos-cavaleiros. Mas nunca pensei em escrever estas aventuras. Meu amigo Vic Milán foi mais esperto. Seu novo livro, The Dinosaur Lords, tem dinossauros e cavaleiros. O que mais você pode querer? E por que diabos eu não pensei nisso antes?”.

DinoLords-revA trama se passa em um mundo chamado Paradise, criado “pelos Oito Criadores para que pudessem jogar seus joguinhos de paixão e poder”. Na sinopse oficial, Milán descreve o lugar como sendo vasto, diverso e brutal. Uma espécie de reflexo da Europa do século 14, com as rivalidades entre dinastias, guerras religiosas, políticas bizantinas... Mas com uma diferença fundamental. Homens e mulheres têm seus cães, gatos, bodes e cavalos. Só que quem predomina na vida animal são mesmo os dinossauros.

Monstros que são usados tanto para trabalhos de carga quanto para a guerra. Os lagartões estão em terra, no mar e até no ar. E variam dos colossais e pacíficos Braquiossauros aos assustadores Allosauros – passando, obviamente, pelo temido Tiranossauro Rex.

Paradise é o palco de batalhas entre exércitos formados por cavaleiros montados em dinossauros e prontos para quebrar o pau. E é durante um destes enfrentamentos épicos (insira sua trilha sonora do Howard Shore aqui) que o enigmático mercenário Karyl Bogomirsky, um dos lordes dos dinos, é derrotado depois de uma traição e deixado para morrer. Ele acaba acordando sem roupas, feriado, com amnésia parcial – e descobre que está sendo caçado.

Uma das primeiras resenhas do livro, publicada na Publishers Weekly, chama The Dinosaur Lords de “o começo de um épico complexo e extenso”. E ainda completa: “Milán habilmente desenvolve seus personagens, dando a cada um deles uma individualidade viva. Ele também gastou um tempo significativo pensando como os cavaleiros poderiam usar dinossauros como montaria em combate, sugerindo técnicas tais como os hadrossauros que fazem ataques sônicos. Os leitores que pegarem o livro em mãos apenas pelo truque da mistura de cavaleiros e dinossauros vão saboreá-lo ao descobrir do que a narrativa é capaz”.

É do tipo de review que deixa com água na boca, né? Mas só o conceito de cavaleiros + dinossauros já tinha me ganhado, tenho que admitir. Ou, como disse o leitor Adriano Santiago no post em que a Darkside Books anuncia o lançamento : “Mais foda que isso só dinossauros e sabre de luz”.

Eu fecho neste conceito. Vamo aê, Disney? ;)