TOP8! Os melhores episódios do Chaves | JUDAO.com.br

Relembre os momentos singelos que deram a Bolaños o apelido de “pequeno Shakespeare”

Foi o diretor de cinema mexicano Agustín P. Delgado quem deu o apelido de Chespirito ao pequeno Roberto Goméz Bolaños – que nós brasileiros bem conhecemos como o criador e protagonista das séries Chaves e Chapolin. Chespirito é uma forma carinhosa de dizer que ele é um pequeno Shakespeare, por causa do seu tamanho. (Shakespearito, que passado para o espanhol virou Chespirito). Chespirito chegou a concluir uma faculdade de Engenharia, mas graças a Odin nunca exerceu a profissão. Só na década de 50 foi que o baixinho começou a aparecer no cenário artístico mexicano, e daí não parou mais. Era programa para o rádio, roteiro para cinema e programas para televisão, tudo ao mesmo tempo.

Aliás, foi na TV que ele mais se destacou: entre 1960 e 1965, dois programas estavam pau a pau pela disputa dos dois primeiros lugares de audiência da televisão mexicana (ay, caramba!): Estudio de Pedro Vargas e Cómicos y Canciones. Os dois eram de autoria do señor Bolaños. Chespirito tava tão em alta que até o prestigiado comediante Mario Moreno, o Cantinflas, tinha aprovado uns roteiros para um programa que ele estrelaria, escrito por Bolaños. Mas deu um rolo com o patrocinador e aí a idéia não vingou.

Em 68, Chespirito ganhou um espaço só seu na emissora de TV TIM. Naquela meia hora, só seriam transmitidos programas de sua autoria. E foi aí que ele começou a arriscar alguns quadros como ator. Em 1970, depois do baita sucesso que os programas dele fizeram, o espaço aumentou para uma hora, e aí surgiu o programa chamado Chespirito: nele, tínhamos vários quadros, nos quais apareciam uma porrada de tipos criados pelo baixote. O cara já estava bem mais seguro como ator, e revelou uma veia cômica que nem ele sabia que tinha. E toda a galera que povoa o seriado do Chaves já tava com ele, fazendo uma série de personagens variados.

Foi aí que surgiram dois personagens, que começaram a ganhar cada vez mais espaço dentro do programa: o atrapalhado super-herói Chapolín Colorado e o jovem menino órfão El Chavo Del Ocho. Os dois fizeram um sucesso tão grande que cada um acabou ganhando um programa só seu, com excelentes horários durante a semana. Foi a glória. Aumentou-se o tempo, criaram-se novos personagens e a equipe foi crescendo, crescendo, até se tornar o que conhecemos. O resto, há, é história.

E por falar em história, claro são anos e anos de histórias memoráveis – e, por isso, nós aqui do JUDÃO tivemos um trabalhão para eleger aqueles que são os OITÔ melhores episódios de Chaves nestes últimos anos. Ficou muita coisa boa de fora. Mas saibam que a seleção foi feita com MUITO carinho. Tomara que ela te traga lembranças tão gostosas quanto trouxe para nós.

8) O VELHO DO SACO

Confesso que, durante anos, fiquei esperando o homem do saco passar pela minha rua. Queria saber se ele tinha a cara do Seu Madruga. Se tivesse, eu ia fácil pedir um autógrafo.

7) OS REFRESCOS DO CHAVES

Juro, de verdade, que até hoje não sei o que é um tamarindo. Talvez eu devesse apenas dar um Google e ver como é a cara do dito cujo, mas digamos que quero manter o mistério. Valeu, Chavinho.

6) O DISCO VOADOR

Ah, sério. Nem precisa de explicação para este episódio estar aqui. Acho que eu e meus amigos passamos, sei lá, anos usando “já chegou o disco voador!” como código para tudo que se aproximava, incluindo professores.

5) A GRANDE FESTA

“Volta o cão arrependido / com suas orelhas tão fartas / o seu osso roído / e o rabo entre as patas”. Não bastasse este clássico, ainda tem a música do sapinho e o monólogo “Mamãe Querida”.

4) O LADRÃO DA VILA

Talvez um dos momentos mais tristes de toda a série. É quando o coitado do menino do 8 é acusado de ser um ladrão – quando na verdade a culpa é do Senhor Roubado. Ou melhor, Senhor Furtado. Chorei.

3) SEU MADRUGA PROFESSOR

Neste episódio, Ramón Valdés mostra em pouco mais de cinco minutos o motivo de ser um dos atores mais cultuados da história da TV. Coisa de gênio. Sério mesmo.

2) A SOCIEDADE DOS CHURROS

A cena já lendária em que o Chaves faz uma imitação do Seu Madruga enquanto devora todos os churros da parceria do vizinho com a Dona Florinda é memorável, um dos grandes momentos da minha infância.

1) VAMOS TODOS A ACAPULCO!

Não tinha como ser diferente. Até os atores da série elegem este episódio como sendo o seu preferido. Foi um dos últimos a reunir todo o elenco, um dos poucos gravados fora do estúdio. E, diabos, a dublagem: afinal, eles vão pra Acapulco ou pro Guarujá?