No ano em que completam três décadas, os robôs ganham exposição especial em São Paulo
Em 1984, a empresa norte-americana de brinquedos Hasbro teve uma ideia absolutamente brilhante. Meninos gostam de robôs, certo? E eles também gostam de carrinhos, não é verdade? Então, por que não desenvolver uma linha de bonecos que são poderosos robôs guerreiros que, vejam só, se transformam em carrinhos radicais. Perfeito, não? Foi neste ano, há exatas três décadas, que chegaram às lojas os primeiros exemplares dos chamados Transformers – que, ao longo dos anos que passaram, povoaram a imaginação das crianças não apenas com brinquedos, mas também com uma dezena de diferentes séries animadas, longevas e cultuadas séries em quadrinhos publicadas em três editoras e ainda videogames, livros e, obviamente, uma franquia cinematográfica milionária.
Para dar o pontapé inicial nesta celebração, de 17 de abril a 4 de maio, crianças e adultos poderão se divertir no espaço temático de 200 m² montado no Shopping Anália Franco, na cidade de São Paulo. Funcionando diariamente das 10h às 22h, o evento já traz na entrada um Bumblebee de 6 metros de altura, recepcionando visitantes que poderão passar por um túnel do tempo ao longo do qual é possível ouvir Optimus Prime, o líder dos pacíficos Autobots, contando um pouco da cronologia dos robôs egressos do diante planeta Cybertron.
Um outro espaço, que deve emocionar os fãs mais velhos, é aquele no qual estátuas gigantescas de Optimus, Megatron (o poderoso vilão que comanda os Decepticons) e Grimlock (o robô-dinossauro que será um personagens de destaque de Transformers 4) tomam conta de um museu com uma coleção de figuras de ação dos Transformers que traz itens raros que remetem ao surgimento da marca.

Um dos adultos que temos certeza que vai se emocionar é Paulo Martini, parceiro aqui do JUDÃO e fã declarado dos cybertronianos desde a mais tenra idade. O fandom pode não ser enorme e tão conhecido como aqueles de outras franquias, mas tem seus representantes fiéis. “Não lembro exatamente o momento”, afirma Martini, tentando se recordar de quando teria começado sua mania pelos robôs. “Transformers estreou na Rede Globo, se não me engano, em 1985 ou 1986, isto é, eu devia ter uns 8, 9 anos. Realmente não lembro do exato momento em que virei fã, ou até mesmo quando vi o primeiro desenho. Não sei dizer o que me fez gostar mais de Transformers do que, por exemplo, Thundercats, He-Man e Comandos em Ação, que também fizeram muito sucesso na época, mas sempre fiquei fascinado em ver aqueles veículos, armas e outras traquitanas eletrônicas, como aparelhos de som e fitas cassete, se transformando em robôs”.
A memória de Marcus Vinicius Garrett Chiado, no entanto, é bem mais específica. “Quando o desenho animado estreou na Globo, nas férias de julho de 1986, foi amor à primeira vista”. Na época com 13 anos de idade, ele conta que não conseguia desgrudar os olhos da TV aos domingos, perto da hora do almoço, quando Transformers era exibido. “Eram tantos robôs, tanta ação, personagens carismáticos (mesmo os vilões) e o Líder Optimus – nome nacional, dado à época, para Optimus Prime – comandante dos Autobots, que virou meu herói de infância. No meu entender, Transformers era diferente dos outros desenhos, o ritmo era bem mais frenético, havia uma quantidade imensa de personagens, era preciso prestar bastante atenção às tramas mirabolantes, às vezes aparecia Cybertron, o planeta natal dos robôs etc. E as transformações... As transformações, acompanhadas do famoso ‘barulhinho’, eram alucinantes!”.
Martini não apenas colecionava Transformers, mas ainda os coleciona – afinal, os considera uma extensão natural, uma representação física daqueles personagens que você na TV, nos cinemas, nos quadrinhos ou lê nos livros. “É como se eles tivessem vida, como se pudéssemos ter controle sobre eles”, afirma. Mesmo tendo comprado muitas das versões nacionais, ele diz que os xodós de sua coleção são um Sunstreaker norte-americano original da G1 (geração 1, que compreende a primeira parte da mitologia, incluindo os desenhos e gibis lançados até 1993), completo e ainda na caixa e uma Antagony, robô exclusivo da Botcon (evento de fãs realizado anualmente nos EUA), também na caixa. “Além de um Jazz original da G1 também, já todo requenguela, sem caixa, que literalmente peguei no ar quando, no fim da Botcon 1999, um dos vendedores começou a jogar alguns robôs mais velhos que não foram vendidos”.
Garrett, que se declara um fanático especialmente pela primeira geração de Transformers, arrisca um palpite sobre o motivo que ainda faz o encanto de novas gerações, mesmo depois de tanto tempo. “Não há nada mais legal do que um brinquedo que também é outro, ou seja, é muito legal ter um avião que também é robô, um carrro que também é robô etc. etc. São dois brinquedos em um. E, claro, os Transformers, enquanto brinquedos, ficaram bem mais complexos, bem mais caprichados e bem mais definidos. Os bonecos atuais são fantásticos”, diz.
Espaço Transformers no Shopping Anália Franco
Data: De 17 de abril a 4 de maio
Horário: das 10h às 22h
Entrada Gratuita
Local: Av. Regente Feijó, 1.739 – Tatuapé – São Paulo
Informações: (11) 4003-4133 e http://www.shoppinganaliafranco.com.br/