Duas coisas precisam ser ditas sobre Um Espião e Meio, essencialmente. A primeira é que o filme, que estreia nessa quinta (11) no Brasil, é engraçado pra caralho. Tipo MUITO. The Rock e Kevin Hart têm uma química estranha, que parece o tempo todo manter os dois distantes um do outro, mas ainda assim conectados e funcionando, juntos.

Funcionando BEM.

A outra coisa a ser dita sobre Um Espião e Meio é que, apesar de rir do início até depois do filme (culpa dos erros de gravação no meio dos créditos), trata-se de um filme sobre bullying. Não um que usa o bullying como piada, como os trailers e toda aquela cena da versão dançante e com bem menos tônus muscular do Rock fazem parecer.

Um Espião e Meio não é uma comédia que usa o bullying como piada, e sim um filme que usa o bullying como mote

Não é um filme em que o personagem principal, que sofreu tanto na adolescência, malha seis horas por dia, todos os dias, durante 20 anos e retorna parecendo com a maior estrela de cinema da atualidade pra se vingar de cada uma daquelas pessoas — e esse fato, apenas, é bastante importante. Envolve, também, o cara popular que todo mundo achava que tinha mais chances de se tornar o presidente dos EUA se escondendo num cubículo, fazendo um trabalho aleatório, sem conseguir a esperada promoção.

Claro que, no quesito “filme sobre bullying”, Um Espião e Meio ainda carrega muitos clichês e tropos que farão diversos olhos rolarem como um barril dentro das cabeças de muita gente, mas o fato de não ser uma comédia que usa o bullying como piada e sim um filme que usa o bullying como MOTE, já é uma puta vantagem.

E foi esse, também, o rumo da conversa que tive com Rawson Marshal Thurber, o diretor de Um Espião e Meio, e The Rock e Kevin Hart. Falamos sobre a decisão de seguir por esse caminho, contamos histórias sobre bullying e ainda trocamos alguns conselhos. Aperte o play lá em cima ou click aqui pra assistir ao vídeo no nosso canal do YouTube. ;)

O Judão viajou a convite da Universal Pictures.