Na onda do Inclusion Rider, conceito popularizado por Frances McDormand, estúdio mostra que tá a fim de tornar a inclusão em seus filmes e séries algo indispensável, finalmente.
Frances McDormand recebeu o Oscar de melhor atriz por Três Anúncios Para Um Crime esse ano. Em seu discurso, ela falou sobre a necessidade de uma maior abertura para a diversidade na indústria do entretenimento e apresentou pra galera o termo Inclusion Rider.
Funciona assim: o ator ou atriz bate o pé pra incluir uma cláusula em seus contratos que EXIJA que a equipe de produção e elenco tenham membros de comunidades mal representadas, como pessoas LGBTQ+, não-brancas, com algum tipo de dificuldade motora, entre outras. Isso pra que as pessoas grandes de verdade começassem a usar o seu poder pra fazer alguma mudança palpável nessa Hollywood branca e masculina que AINDA vemos.
Alguns dias depois, produtoras se manifestaram a favor desse conceito. Michael B. Jordan colocou em seu Instagram que sua companhia, a Outlier Society, começaria a adotar a cláusula do Inclusion Rider em todos os seus contratos. Daí foi a vez de Matt Damon e Ben Affleck com a Pearl Street Films e, depois, Paul Feig colocou a sua Feigco. Entertainment na jogada também.
EIS QUE, nesta semana, A WarnerMedia (que engloba Warner Bros., HBO e Turner) revelou uma nova política de inclusão em suas produções que conversa muito com a ideia. No comunicado oficial eles afirmam que “a WarnerMedia promete se esforçar sempre para garantir que a diversidade entre atores e membros da equipe seja sempre levada em conta para filmes, televisão e outros projetos, e promete trabalhar com diretores e produtores que também busquem promover maior diversidade e inclusão em nossa indústria”. Lá, eles dizem que sempre se importaram com essas questões, mas que sabem que dá pra ir além.
O primeiro filme a entrar nessa leva será Just Mercy, que está ainda em fase de pré-produção. Ele contará a história de Bryan Stevenson, advogado que luta pelos direitos de pessoas mais necessitadas e terá Michael B. Jordan como estrela. O ator contou, feliz, que está super orgulhoso de fazer parte disso. “Inclusão sempre foi algo óbvio pra mim, especialmente por ser um homem negro nessa indústria”, conta. “A família WarnerMedia apresentou uma abordagem que contempla nossos objetivos em comum e eu os aplaudo por dar esse enorme passo à frente”, concluiu.
As novidades incluem as produções pra TV também. Séries já existentes como Riverdale, Supergirl e Raio Negro, e as que ainda vão estrear, como All American e The Red Line, todas serão adequadas para as novas políticas. O CEO John Stankey disse que também está muito alegre com a mudança: “Nós acreditamos que esse seja o próximo passo mais lógico para melhorar nosso conteúdo e cimentar nossa liderança em contribuições positivas para a indústria.”
AE! Finalmente estamos falando de ações REAIS e palpáveis para o público. E é sempre bom deixar claro que é TAMBÉM por conta da pressão que atores poderosos fazem que coisas assim acontecem. Pra lutar contra a exclusão estrutural de minorias é preciso que quem tenha voz se alie de maneira respeitosa e efetiva.
Agora nos resta ver – e cobrar – os resultados! \o/