Eu acho lindo demais ver toda esta galera nas redes sociais questionando a Marvel a respeito da minúscula participação da Viúva Negra nos materiais de divulgação/merchandising de Vingadores: Era de Ultron. Até hoje tem gente que nos manda link ou comenta algo sobre toda aquela coisa de #WheresNatasha sobre a qual falamos aqui e que voltou à tona novamente nas últimas semanas depois que foram reveladas as artes das capas do DVD/Blu-ray do filme...

Mas as últimas semanas também revelaram um dado, digamos, bastante curioso.

A BrandWatch, consultoria internacional especializada em analisar a reputação de marcas/produtos nos meios digitais, soltou uma pesquisa de reputação realizada por eles no Twitter – cujo objetivo era entender a popularidade dos integrantes dos Vingadores no cinema.

Entre Junho e Julho, foram analisadas quase 900 Mil menções feitas por um grupo de cerca de 188 mil pessoas, resultando numa média de praticamente cinco menções por autor e em pelo menos uma por hora de algum dos dez personagens que eles monitoraram. Os Vingadores sobre os quais eles mantiveram um olhar foram Homem de Ferro, Thor, Capitão América, Viúva Negra, Hulk, Gavião Arqueiro, Feiticeira Escarlate, Mercúrio, Nick Fury e... o Homem-Aranha (como o Cabeça de Teia vai participar de Capitão América: Guerra Civil, eles acharam que faria sentido).

A inclusão do Aranha, digamos, acabou causando uma distorção nos números – porque ele foi disparado o herói mais mencionado (ultrapassando 125.000). Já a Viúva teve cerca de 27.000 menções, deixando até o Hulk e o Gavião para trás (eles tiveram 24.000 e 16.000, respectivamente).

No total, apenas 1,9% destes tweets foram negativos. E adivinhem só quem foi o personagem que mais gerou estes comentários negativos? Um doce para quem apostar numa certa ruiva vestida de couro preto.

Inacreditável a capa do DVD Britânico de Vingadores: Era de Ultron

Vejam: estamos falando de números. Frios e diretos. Que precisam de uma análise mais detalhada (e de humanas). Ainda mais porque a BrandWatch utiliza para medir se um comentário é negativo ou positivo uma metodologia chamada “análise de sentimentos”. Basicamente, a polarização de cada comentário é feita por um programa, que cruza a menção ao termo procurado (Viúva Negra) com palavras consideradas negativas vindas de um banco de dados previamente montado.

Obviamente, sabemos que a programação deste tipo de software tem sido refinada o bastante para entender que existe uma diferença entre “A Viúva Negra é muito ruim” e “A Viúva Negra está num filme muito ruim”. Mas ainda é um software. E ainda está suscetível a erros. Porque ele não entende coisas como ironia, por exemplo. E não tem como analisar a fundo o tal do contexto no qual a mensagem foi escrita.

Sabemos que não faltaram questionamentos dos fãs, por exemplo, ao romance entre ela e Bruce Banner/Hulk, que teria soado forçado e ainda ajudado a tirar o foco dela para levar a uma história de casal. “Eles têm o que eu sempre pensei que seria uma história de amor incomum que cresceu ali no meio – mas na verdade eles têm sim muito em comum”, defende a própria Scarlett Johansson em uma entrevista cedida com exclusividade ao JUDÃO. “É um relacionamento complicado. É um amor impossível que parece surreal, mas não é”.

Ela diz, por exemplo, achar muito interessante que Natasha consiga acalmar o Hulk utilizando apenas o toque. “Ele não é uma pessoa em quem você vai lá e dá aquele abração. Mas, ao mesmo tempo, de alguma forma, ele é um cara raivoso que precisa de um abraço carinhoso. Ele precisa de alguém que o lembre que está tudo bem e que tem alguém ali presente, para ajudá-lo a voltar”.

Já do lado da espiã russa, Scarlett acredita que, no final deste segundo Vingadores, a heroína tenha deixado a guarda baixa, esperançosa por alguma coisa diferente. “Ela teve um momento de falsa esperança antes, sentindo que teria algum tipo de realização pessoal – e estava pronto para aceitá-la. Mas aí percebeu que o seu chamado era maior do que isso. É algo para o qual ela não está necessariamente empolgada, mas isso é o que é mais heroico sobre ela. Ela aceita o chamado do dever, mesmo que isso signifique sua própria perda pessoal”.

Para a atriz, é um lugar interessante de estar, porque levanta uma série de direções possíveis e questionamentos. “Ela vai suportar este peso que está carregando nas costas ou vai desmoronar? Teremos que esperar para ver”. Scarlett diz ainda que a melhor parte de interpretar a Natasha é justamente o fato da Srta. Romanoff ser baseada em algo “profundo”, algo com o que conseguimos nos relacionar. “Ela é muito real. Ela experimentou um grande trauma e nunca foi capaz de fazer as suas próprias escolhas. Mas agora ela pode e está pronta para isso”.

É importante dizer ainda que, na pesquisa, a Natasha é tratada, ao lado do Gavião e dos irmãos Feitoca/Mercúrio como sendo uma “vingadora de segundo escalão”, enquanto Hulk, Thor, Capitão América e o Ferroso são “os protagonistas”. Bom... Não é o que vimos em Capitão América 2: O Soldado Invernal e em nenhum dos dois Vingadores.

“Um filme da Viúva Negra seria muito legal”, diz a Scarlett. Eu sempre fico empolgada para colocar aquela roupa colante de novo!”.

Entendeu o recado, Kevin Feige?

Vingadores: Era de Ultron chega em Blu-ray e DVD no dia 17 de Setembro no Brasil.