Heróis da editora aumentam cada vez mais a presença na televisão – e a Warner Television aproveitou pra revelar uma TONELADA de novidades de Arrow, The Flash, Legends of Tomorrow, Gotham e Supergirl na San Diego Comic-Con
Se o sábado de San Diego Comic-Con começou com a Warner Bros. Pictures chutando bundas com os super-heróis da DC, terminou com a Warner Bros. Television chutando bundas com os super-heróis da DC. É uma ~tradição nova: no terceiro dia de evento, a WB fecha a programação do Hall H com um Screening Block – só que essa segunda edição conseguiu ser ainda maior que a primeira, com várias novidades e revelações sobre Arrow, The Flash, DC’s Legends of Tomorrow, Gotham e Supergirl.
E digamos que o painel começou chutando bundas. MESMO. Stephen Amell abriu os trabalhos entrando no Hall H encarnando o próprio Oliver Queen e vestindo um NOVO uniforme. “San Diego Comic-Con, vocês não falharam com esta cidade”, disse o herói, já emendando um discurso parecido com o da abertura da série. Oliver se apresentou – e disse que ele e “a persona” que ele criou falharam. Ele continuou: “STAR City, e não STARLING City, ainda precisa ser salva. E todos vocês podem apostar seu último dólar que eu e meu time vamos detonar bundas tentando salvá-la ou dar o último suspiro tentando. Todos vocês vieram até aqui e eu peço pra vocês pra irem um pouco mais longe...
“COM O ARQUEIRO VERDE!”.
Se você notar bem, o uniforme é menos “sou o vigilante” de Starling City e muito mais próximo da versão que o personagem usa nos atuais gibis da DC, ficando mais prático na luta corpo-a-corpo. Sem falar que fica muito mais heroico, não?
Além disso, o discurso já deu diversos spoilers da temporada: além da adoção da nova identidade do protagonista, a cidade deixará de se chamar Starling – talvez dando prosseguimento ao projeto de Ray Palmer revelado na temporada passada, deixando a casa do Arqueiro com o mesmo nome dos quadrinhos.
Depois que o Amell deixou o palco, foi exibido um vídeo com os principais destaques da terceira temporada.
Vídeo encerrado, elenco e produção chamados no palco. Katie Cassidy (Laurel Lance/Canário Negro), a sensacionalmente linda Emily Bett Rickards (Felicity), David Ramsey (Diggle), John Barrowman (Merlyn), Willa Holland (Thea Queen/Speedy), Paul Blackthorne (Quentin Lance), além do CCO da DC Geoff Johns e os produtores executivos Marc Guggenheim, Greg Berlanti, Wendy Mericle e Andrew Kreisberg – fora, claro, o retorno de Stephen Amell, só que vestido como um ~civil.
“A progressão do Oliver sempre foi do Arqueiro para o Arqueiro Verde, e essa [troca de uniforme] é realmente o primeiro passo real nessa direção. Expressa mais quem ele será do que ele é na série”, definiu Greg Berlanti sobre a nova ~vestimenta do protagonista. “Quando a nova temporada começa, ele [Oliver] está feliz, está amando. Um sentimento que se espalha pelos outros personagens. Vamos ter mais diversão este ano, mais humor, mas ainda se passa em cima dos telhados, atirando flechas”, definiu Andrew Kriesberg sobre o tom da nova temporada. Oliver fará mais piadas também, algo mais próximo da versão dos quadrinhos.
Como já foi comentado em oportunidade anteriores, Arrow sempre foi sobre a evolução de seu protagonista, indo de vigilante a um herói, e o sucesso do tom mais leve de The Flash fez os produtores se sentirem ainda mais confortáveis com esse caminho.
Damien Darhk, interpretado pelo Neal McDonough, será o grande vilão da temporada – ou, pelo menos, o PRIMEIRO grande vilão, já que Geoff Johns garantiu que outro “big one” vem por aí. “Temos muitos personagens chegando”.
Marc Guggenheim já foi logo apresentando dois desses novos caras. Anarquia, que nos quadrinhos é vilão do Batman e já lutou contra o Arqueiro Verde, vai se juntar ao Darhk – um anúncio que já fez a galera no Hall H delirar. É um personagem relativamente recente, criado em 1989, e que introduziu o conceito político da anarquia no universo do Homem-Morcego. Vai ser interessante vê-lo na TV, mas chama a atenção ver esse personagem trabalhando para o Darhk — porém, isso pode ser um ponto de conflito, justamente como a “Anarquia” recebe ordens de alguém...
Além disso, teremos outro cara pro time dos caras bons: Sr. Incrível, que, vamos combinar, teve ótimas histórias nos gibis justamente pelas mãos do Geoff Johns na época que o herói era integrante da Sociedade da Justiça. Só não foi dito se veremos uma adaptação do personagem original, dos anos 40, ou da versão mais recente, criada nos anos 90. Porém, sabemos que “ele vai trabalhar com a Felicity”, disse Berlanti. “Queremos acrescentar mais personagens LGBT à série e acontece que a nossa versão do Sr. Incrível é gay”.
Já que o assunto era “novos heróis”, Willa aproveitou para falar sobre a nova fase da personagem dela, que assumiu definitivamente o uniforme e o nome de Speedy no season finale da terceira temporada.“A Thea passou por muitas coisas e é difícil ver na TV uma personagem feminina sair disso tudo. É importante ver uma personagem feminina forte”, disse.
Falando no último season finale, a Emily, que vestiu brevemente o uniforme do Átomo (ou Eléktron, se você for das antigas como eu) no episódio, contou que “quando o Oliver está olhando todo romântico e sorrindo para os meus olhos, na verdade ele está olhando para um sexy dublê homem. Ele fez muito bem” – ela só usou a parte de cima da roupa, já que o uniforme era do Brandon Routh e não tinha sido feita pra ela. Pra fazer as cenas com o corpo completo inteiro tiveram que dar um jeitinho, com ela gravando na tela verde. ;)
Na nova temporada, Merlyn voltará a usar o capuz do uniforme anterior no terceiro episódio, garantiu o Guggenheim, mas não deu a entender se ele continuará ou não sendo o novo ~Ra’s al Ghul. “Awesome” disse Barrowman, misterioso.
Não é só o Merlyn que está passando por mudanças e visual. John Diggle finalmente aceitará o conselho do Oliver e terá um UNIFORME. Com capacete, roupa toda sombria... Ele vai seguir aquele conselho do Oliver e ser mais cuidadoso com a identidade secreta. Afinal, ele tem uma família agora. “Ele se chama Black Driver”, brincou David Ramsey sobre a nova fase de seu personagem.
CLARO que no Q&A surgiu a questão de OLICITY. “Vocês são o melhor fandom”, definiu a Emily. Também perguntaram sobre o tom da nova temporada, dizendo que o Oliver Queen da TV é muito sério, se ele vai ser um pouco mais “silly”, como o dos quadrinhos. “Eu acabei de pedir para que todo mundo siga o GREEN Arrow. Então vai ser mais na direção do que é o Green Arrow”, definiu Amell. “Espera até o próximo ano, quando me chamar Superman”, brincou.
Um outro fã perguntou ao Amell se Oliver voltará a ser rico, ou se continuará quebrado... “Na verdade, eu arranjei uma ‘suggar mama’. É verdade!”, respondeu, se referindo àquelas tiazonas ricas que pegam um carinha novinho pra ~criar – e confirmando que a Felicity vai mesmo receber a fortuna do desaparecido Ray Palmer.
Terminado o Q&A e com todo mundo fora do palco, foi exibido o primeiro trailer de Vixen, a nova série animada da DC que se passa no mesmo universo de Arrow e The Flash (inclusive com os atores dublando seus personagens animados). COLADINHO, já exibiram um recap da primeira temporada de The Flash — mas esse já tem coisas novas no finalzinho. Preste bastante atenção. ;)
Barry Allen sentindo que errou ao não salvar a mãe, Flash-Reverso avisando que ele ainda venceu, Caitlin Snow falando que não vai voltar, Cisco falando que não tá muito bem (Vibro!) e... SIM! “Meu nome é Jay Garrick, e o seu mundo está em perigo”.
E quem é esse velocista correndo? O próprio Barry? Não, repara no final. No raio AZUL. “Zoom is coming”!
Fim do vídeo. Elenco e produtores no palco. Grant Gustin (Barry Allen/Flash), Candice Patton (Iris West), John Wesley Ship (Henry Allen), Carlos Valdes (Cisco Ramon), Tom Cavanagh (Eobard Thawne/Flash-Reverso/Prof. Wells) e Danielle Panabaker (Caitlin Snow), e mais uma vez com Andrew Kreisberg, Greg Berlanti e Geoff Johns – que também é co-criador da série.
Kreisberg já foi logo abrindo a brincadeira: Zoom será o grande vilão da segunda temporada da série. “Tô muito empolgado com isso. Ele vai ser mais rápido que o Flash-Reverso. Mais rápido que o Flash, então vai ser muito difícil pegá-lo”.
Zoom é o apelido do Flash-Reverso original, Eobard Thawne. Só que em 2003, uma nova versão do Flash-Reverso, chamada simplesmente de Zoom, foi introduzida justamente pelo Geoff Johns e pelo artista Scott Kolins. O alter-ego dele é Hunter Solomon, um filho de um serial killer que ficou obcecado em entender a mente criminosa e se juntou ao FBI. Eventualmente, Solomon se meteu numa treta no Museu do Flash, tudo foi pelos ares e ele ficou literalmente desconectado do tempo. A partir de então, ele pode mudar a velocidade com que se movimenta no TEMPO, dando a impressão de que tem supervelocidade.
Na prática, ele faz o tempo correr mais LENTAMENTE no entorno dele.
Pelas declarações e pelo vídeo, diria que já tenho minha teoria sobre a identidade do vilão. Eddie Thawne, o antepassado do Flash-Reverso, que não só não teria morrido no final da primeira temporada, como ganhou esses poderes quando foi tragado por aquele buraco de minhoca (que era pra viajar no tempo) dentro do acelerador de partículas. ;)
“Também estamos introduzindo Jay Garrick”, continuou Kreisberg, já emendando uma revelação na outra como um flash. Garrick, você já leu aqui no JUDÃO, é a versão original do herói nos quadrinhos. Quem irá fazer o papel será Teddy Sears, de Masters of Sex. “Também vamos acrescentar Patty Spivot, uma outra personagem ótima dos gibis, que será interpretada pela Shantel Van Santen”. Patty é uma personagem introduzida nos gibis ainda em 1977 como parceira de trabalho no laboratório e amiga do Barry Allen. Enquanto a versão original tinha ~interesses pelo herói, a moderna, introduzida depois do reboot, namora Barry, o que casa com aquela história deles estarem procurando alguém pra ser a Felicity de The Flash...
Sem dar muito tempo pra respirar, Kreisberg já fechou o quarteto de adições de forma incrível: “nós também vamos acrescentar WALLY WEST”.
Nessa hora, amigo, minha empolgação passou de 9000. Wally é simplesmente o meu Flash favorito. Nos gibis, o personagem é um sobrinho da Iris que conhece Barry e acaba sofrendo o mesmo acidente que o herói, ganhando poderes de velocidade e se tornando o primeiro Kid Flash. Quando Barry morreu na Crise nas Infinitas Terra, Wally assumiu o manto de Flash e teve ótimas fases entre os anos 90 e 2000.
No contexto da série, é de se imaginar que Wally entre apenas (por enquanto) como o sobrinho da Iris – ou, por conta das idades dos personagens, como sobrinho do Joe West e primo da Iris. E, claro, um personagem negro, de acordo com as mudanças que fizeram não só em The Flash, mas nos gibis da DC após o reboot de 2011.
Ou, quem sabe, Barry pode viajar para um OUTRO universo e encontrar Wally como o Flash de lá, da mesma forma como encontrará o Jay Garrick... Já pensou!? o_O
Ok, você boiou nessa coisa de outro universo, né? É que, como já também tínhamos falado aqui no JUDÃO, The Flash passará a abordar o Multiverso. “Depois que usamos a explosão do acelerador de partículas para introduzir meta-humanos no Universo DC da TV, este ano vamos introduzir a Terra-2”, disse Berlanti. “Essa é obviamente a origem do Jay. Nós vamos lidar com a Terra-2 na série”.
“Barry vai ter tempos difíceis na segunda temporada se aceitando como o herói de Central City”, contou Gustin, “porque o herói definitivo do season finale foi o Eddie”. Hmmm.
Quem também está passando por mudanças é o Cisco. “Como vimos na última temporada, Cisco começa a ter essas visões, essas mudanças biológicas, no seu cérebro, na sua mente. No começo da segunda temporada, veremos muito como ele lida com essa mudança”, contou Carlos Valdes. Quem lê os quadrinhos sabe: Cisco lá atende pelo nome do herói Vibro, que foi membro da Liga da Justiça.
Como poderes vibracionais têm TUDO a ver com o multiverso nos gibis, já vemos também que Cisco terá uma outra importância nessa segunda temporada. ;)
“Vamos criar toda uma nova relação do Barry com o Jay Garrick”, contou Berlanti também. “O número do episódio que introduzimos o capacete do Jay foi 123 [season 1, episode 23], exatamente o número da edição que ele se encontra com o Barry pela primeira vez”, brincou Johns.
Candice conta que vamos ter a Iris com um novo senso de urgência. “Acabamos de começar a gravar a segunda temporada e já me encontrei nos Laboratórios Star”, revelou. “A Iris vai ser parte do time do Flash, o que é legal, porque ela é inteligente, esperta. Iris pode literalmente navegar por Central City, pegar histórias que outras pessoas não podem pegar. Vai ser interessante ver como ela usa esse conhecimento das ruas para ajudar a equipe”.
Já Danielle, claro, não poderia falar sobre outro assunto. “Eu estou muito empolgada pra, eventualmente, ser a Nevasca. Um dia”, disse sobre o alter-ego do personagem dela nas HQs. “Nós trabalhamos muito naquele visual, no uniforme, na maquiagem, em tudo. Estou empolgada para vê-la assim mais vezes”, disse a atriz, se referindo à breve cena que tivemos dela como Nevasca, num ~flash do futuro ou de outro universo no final da primeira temporada.
Ainda teremos novos vilões nessa segunda temporada, além do confirmado retorno do Grodd. “Mas estamos muito empolgados com o Zoom, com o que ele representa e os desafios que traz para os nossos personagens. Ele vai ser apavorante, assustador e rápido”, disse Kreisberg.
Pois é, Barry Allen não terá vida fácil nesse próximo ano...
Elenco de The Flash fora, hora do preview de DC’s Legends of Tomorrow – vídeo que não foi liberado nas interwebs, mas que é uma variação daquele que já foi divulgado antes e acrescenta algumas artes conceituais.
Geoff Johns foi logo chamado para moderar o segmento, falando que estava todo empolgado por essa ser a primeira série da DC Entertainment estrelada por um time. “Legends of Tomorrow celebra a expansão do Universo DC, e era isso que queríamos fazer”. Em seguida, Johns chamou novamente Guggenheim, Berlanti e Kreisberg, além dos atores Caity Lotz (Sara Lance/Canário Branco), Ciara Renee (Kendra/Mulher-Gavião), Victor Garber (Dr. Martin Stein/metade do Nuclear), Brandon Routh (Ray Palmer/Átomo), Wentworth Miller (Leonard Snart/Capitão Frio) e Dominic Purcell (Micky Rory/Onda Térmica).
“Os primeiros episódios [das novas temporadas] de Arrow e Flash vão definir as coisas”, disse Guggenheim, “muitos personagens precisam ser colocados no tabuleiro para que possam ir para Legends. Por exemplo, o pessoal em Starling City acha que Ray Palmer morreu em uma explosão e ele precisa voltar ao tamanho normal. Sara não está morta, ou precisa não estar morta. Vamos usar os primeiros episódios dessas duas séries para colocar os personagens de volta à mesa e então o crossover vai se dar em Legends, que chega no midseason. Então é tudo muito orgânico”. Até por tudo isso — e com estreia programada só pro começo de 2016 — Legends ainda não começou a ser gravada e o único preview divulgado foi gravado exclusivamente para isso, com imagens que não serão usadas no programa.
E aí outra revelação bombástica, direto da boca do Geoff Johns: a série também terá o GAVIÃO NEGRO como parte do elenco!
No painel, os atores começaram a falar de como seus personagens vão lidar com o fato de terem que trabalhar em equipe – Routh disse que Ray Palmer tá acostumado a ser o CEO, então ele gosta de dar as ordens, mas que o personagem ficará entusiasmado em ser parte de uma equipe. Já Caity revelou que ela voltará à vida via Poço de Lázaro. “A pessoa que entra no poço não é necessariamente a pessoa que sai”, disse a atriz. “Há consequências disso, então vamos ver o que acontece quando ela volta à vida”. Ou seja, a Sara vai estar meio maluca depois dessa experiência toda, o que deve dar mais um tempero ao time.
“Ela não medo de morrer. Ela já morreu várias vezes e, imagine isso.. Que você não tem medo da morte. Ela vai ser bem perigosa nessa série. De uma forma boa”, definiu a Caity.
“O Onda Térmica vai ficar puto [ao ter que ser parte de uma equipe de heróis]”, falou Purcell, reclamando que o Capitão Frio vai estar no comando e o Onda Térmica sempre o segue... Miller continuou: “Leonard Snart está acostumado a mandar, então ele vai responder negativamente ao fato de estar ao lado dos heróis. Ele não é do tipo que joga em equipe, que é altruísta. Vai ser interessante pros espectadores. Esses caras precisam trabalhar juntos, mas vai ser um caminho cheio de percalços”.
Nessa primeira temporada, o vilão Vandal Savage vai ser uma parte importante da série, contou Johns. Kreisberg continuou: “Vandal é imortal, está por aí há centenas de anos. A parte divertida da série é como você derrota alguém que não pode morrer. A partir do momento que viagens no tempo são importantes, vamos encontrar Vandal Savage em diversas zonas temporais. Isso vai ser divertido, porque eles fazem uma coisa em uma zona do tempo e isso vai afetar o resto da história. Em Arrow e Flash conversamos sobre alguma ideia e falamos que é muita loucura, mas Legends é totalmente de ideias loucas. Queremos fazer uma série diferente de Flash e Arrow. Tão diferente de Flash quanto Flash é diferente de Arrow”.
Vandal Savage é um personagem dos gibis criado em 1944 como um antagonista do Lanterna Verde original. Como imortal, ele é responsável por trazer crime e violência pra humanidade antes mesmo da invenção da escrita. Ele foi um dos vilões do crossover DC Um Milhão, que lida com viagens no tempo, e foi um grande antagonista da Sociedade da Justiça da América. Além de nunca morrer, o cara tem superforça e é um gênio.
Outra adição ao Universo DC da TV é a Mulher-Gavião. A Ciara Renee contou que leu toneladas de gibis, além de assistir todos os episódios de Arrow e Flash exibidos até agora – além, claro, de ter treinado boxe e artes marciais. Sabe como é, ela precisa sair na porrada com uns caras malvados. A atriz ainda confirmou que, como a versão clássica dos quadrinhos, a personagem vai lidar com essa coisa de reencarnação. “Vai ser interessante vê-la nesses momentos diferentes do tempo e tal, quem ela era na época. Para um ator, é um desafio incrível”.
“Vamos ter todas as oportunidades de visitar esses cantos do Universo DC, e não só em 2016, mas em todos os tempos. Vamos para um monte de lugares incríveis e em momentos incríveis”, definiu Kreisberg.
Ou seja, a série terá a oportunidade de definir que já houveram outros heróis na Terra. No mínimo, podemos esperar o Jonah Hex aparecendo aí. E também dá pra ir pro futuro. Já pensou em ver a Legião dos Super-Heróis? Eles só precisam tomar cuidado com todas essas viagens, claro. A série não pode ficar confusa, nem confundir aquilo que rola em The Flash e Arrow. É um campo perigoso, esse.
E com essa esperança da minha parte terminou o segmento de Legends of Tomorrow no painel da Warner Television – que, em seguida, anunciou Gotham, exibindo um vídeo com os destaques da primeira temporada. Uma parte da galera – talvez pelo horário, talvez por não gostarem muito da série, talvez pelos dois – começou a cair fora.
Digamos que eles não perderam muita coisa. É que de todas as séries do dia, Gotham foi a única que praticamente não teve novidades. No vídeo de introdução, além de um recap da primeira temporada, um preview do que vem por aí: os lunáticos mandando no asilo.
Depois, foram ao palco do Hall H os atores Ben McKenzie (Jim Gordon), Donal Logue (Harvey Bullock), Robin Lord Taylor (Oswald Cobblepot/Pinguim), Sean Pertwee (Alfred), Camren Bicondova (Selina Kyle), David Mazouz (Bruce Wayne), Erin Richards (Barbara Kean), Cory Michael Smith (Edward Nygma) e Morena Baccarin (Leslie Thompkins), assim como o showrunner Bruno Heller.
De acordo com Heller, a segunda temporada de Gotham será sobre os vilões. “Essa temporada será maior, mais colorida, mais intensa, mais empolgante”. A ideia é ir saindo desse perfil mais mafioso dos caras malvados, indo mais no estilo dos personagens dos quadrinhos.
“A ascensão dos vilões dará espaço para os caras bons se juntarem”, garantiu McKenzie. Ao mesmo tempo, o Pinguim será o Rei de Gotham, disse Robin Taylor.
No final, Cameron Monaghan invadiu o Hall H vestido como seu personagem, o Jerome (e que, até agora, parece ser um proto-Coringa) pra interromper o painel e encerrar tudo por ali. Uma brincadeira, mas que... meh.
Finalizado Gotham, hora de outra estreia da DC Entertainment na TV: Supergirl. Logo de cara, foram ao palco as produtoras executivas Ali Adler e Sarah Schechter, além das voltas de Kreisberg, Berlanti e Geoff Johns. Do elenco, vieram Melissa Benoist (Kara/Supergirl/dona do meu coração <3), Mehcad Brooks (James Olsen), Chyler Leigh (Alex Danvers), David Harewood (Hank Henshaw) e Jeremy Jodan (Winn).
“Já era hora!”, disse Ali Adler sobre o motivo de ter uma série com a Garota de Aço. “Era uma história que precisava ser contada. O gênero pouco importa, ela chuta bundas”. Comentário que foi acompanhado por um sorriso LINDO da ainda MAIS linda Melissa.
“É importante ter mulheres envolvidas em todos os estágios da produção”, afirmou Johns. “Quando começamos a falar de Supergirl, a razão principal é que era diferente e novo, e porque passou muito o tempo de mulheres liderarem uma série de super-herói”, completou o CCO da DC, falando que os produtores chegaram com uma visão para a personagem que é próxima dos gibis. “Quando você tem uma oportunidade como essas, é uma vergonha não fazer parte”, completou Berlanti.
“Quando você conhece a Melissa Benoist, você não consegue imaginar outra pessoa sendo a Supergirl”, definiu o produtor. Aliás, eles dizem que o trabalho de casting foi muito bem feito. “Isso é verdade. Stephen Amell foi o primeiro que vimos para o papel de Oliver Queen, Grant Gustin foi o primeiro que vimos para o papel de Flash e a Melissa foi a primeira que vimos para o papel de Kara”, afirmou Kreisberg.
Só que pra própria atriz não foi bem assim. “Eu lembro de ter saído da minha primeira audição pensando ‘meu Deus, isso foi horrível’... Aí eu fico ouvindo... Vocês falam coisas legais...”, disse, entre risos,
Sobre Hank Henshaw, Harewood contou que gosta de pensar que ele não é bom ou ruim, mas que fica numa “área cinza”. “Vocês vão ter que esperar pra ver”.
Bom, quem conhece o cara pelos quadrinhos já tem uma ideia. É que Hanshaw surgiu no começo dos anos 90 numa história do Superman que fazia uma brincadeira com a origem do Quarteto Fantástico. Foi apenas uma história, e ele aparentemente tinha morrido – só que depois renasceu como o Ciborque-Superman, um dos que tenta se passar pelo Homem de Aço durante o arco A Morte do Superman. Hoje, é um vilão estabelecido na DC Comics.
Outro detalhe é que James Olsen, a versão adulta do Jimmy Olsen que saiu de Metrópolis e foi até National City ficar de olho na Supergirl, vai ser meio que como um “mestre Jedi” da Kara. Até ai, PAPO SÉRIO. Mas jogaram na roda: Stephen Amell já mostrou o ~tanquinho na Comic-Con, será que teríamos TANQUINHOS DE AÇO ali no palco? Sobrou pro Brooks, que revelou o que tem por de baixo da camiseta do James Olsen. “Eu me sinto violado”, brincou.
Ok, além da revelação dos músculos abdominais do ex-Jimmy Olsen, a Ali Adlet anunciou dois vilões da primeira temporada: Reactron e Curto-Circuito. O primeiro é um antagonista da Supergirl do começo dos anos 80, que teve poderes mutantes ativados quando lutava na Guerra do Vietnam. O poder dele é criar radioatividade a partir do próprio corpo, incluindo com rajadas dela. Já a Curto-Circuito apareceu pela primeira vez na série animada do Superman dos anos 90, migrando pras HQs na década passada. Como o nome entrega, ela já nasceu com poderes elétricos e atende pelo nome civil de Leslie, uma DJ.
“E tem mais um. Não sei se vocês conhecem o... Maxwell Lord...”, disse a Sarah Schechter. “Vocês querem conhecê-lo? Ele tá aqui”. E entrou o ator que vai interpretar o cara na TV, Peter Facinelli, de... Crepúsculo!
Lord é um nome mais batido nas revistas da DC. Originalmente um dos caras bons, ele fundou a Liga da Justiça Internacional dos anos 80, aquela da fase cômica. Depois se revelou um vilão, matou o Besouro Azul e teve o pescoço quebrado pela Mulher-Maravilha na Crise Infinita.
Sorte dele que não temos a Diana Prince na TV, certo?
Pra fechar, Kreisberg revelou que Supergirl tem forte inspiração nos filmes do Richard Donner (com os quais Geoff Johns trabalhou, diga-se), e que a ideia é ser divertido, com coração é humor. “Mas, mais do que tudo, essa é uma série de uma garota na qual você pode acreditar. Alguém que te deixa orgulhoso. Que te faz sentir vivo, sentir uma pessoa melhor. Algo para trazer uma luz ao nosso mundo”.
Verdade, cara. Supergirl tem tudo pra fazer luz ao mundo. Não é uma série pra ser sombria, pra ser séria, nada disso. É uma garota que chuta bundas com um sorriso no rosto. Do que mais precisamos?
O painel acabou com uma apresentação pra lá de estranha, que sei lá como definir, e ainda exibiram pela segunda vez nessa San Diego Comic-Con o piloto da série. Nós já vimos e passamos as nossas impressões.
E assim, quase meia-noite em San Diego – e 4 da matina no Brasil, a Warner fechou epicamente o mesmo sábado que ela mesma abriu de forma épica.
Sensacional. ;)