Madonna 60: quem são os NOVOS fãs da rainha do pop? | JUDAO.com.br

Ela é um ícone da cultura pop que conquistou uma nova geração de fãs, que não viram ao vivo o furacão de Like a Prayer, que têm outras referências… mas a mesma influência.

Em uma das suas primeiras aparições na TV, em 1983, perguntaram pra Madonna Louise Ciccone o que ela esperava para o ano novo que se aproximava e pro resto de sua vida. Ela sorriu confiante e respondeu que “quero dominar o mundo!”. Com ela, não rola aquele clássico “mal sabia o que estava por vir”. Madonna não só sabia MUITO BEM que queria engolir o planeta, como também sempre pareceu ter na cabeça COMO faria tudo acontecer.

Mais do que cantora, compositora, dançarina, atriz, empresária e produtora, ela se tornou um ícone da cultura pop. Virou rainha, referência. Fez história, fez escândalos, ousou, transgrediu e pavimentou o caminho pra quase tudo que viria depois dela. Nesta quinta-feira (16), quando chega aos 60 anos de idade, é fácil olhar pra trás e enxergar, em retrospecto, o tamanho de sua importância e influência para quem tem mais de 30, por exemplo.

SÓ QUE tem uma galera por aí que não viu nada desse processo acontecer. Atuais adolescentes e XÓVENS adultos já nasceram em um mundo pós-Like a Virgin, não viram a mídia cobrir as polêmicas de Erotica e o livro Sex e taaaalveeez não façam nem ideia que Madonna foi ~banida da Itália~ pelo Papa João Bento II depois do clipe de Like a Prayer. Mas, como boa DIVA SUPREMA, ainda assim ela coleciona admiradores bem novinhos, reciclando sua base de fãs e nós do JUDAO.com.br conversamos com alguns desses membros da FAMOSA Geração Z, que engloba o pessoal que nasceu entre 1995 até 2010, pra entender o tamanho de da importância e influência da Madonna NELES.

Vitor Stenner, 18 anos, e Beatriz Tomas, 20, contam que foram apresentados à cantora por parentes e amigos próximos. Aos OITO, o Vitor — que nasceu pouco antes de Madonna lançar Music, em 1999 — pediu indicações de músicas para uma tia próxima. “Ela, que cresceu fã da Madonna, me mostrou 4 Minutes e depois assistimos a algumas outras da Sticky & Sweet Tour“, conta. Já a Beatriz — que veio ao mundo na época de Ray of Light, de 1998 — viu shows, álbuns e clipes com um amigo querido. “A primeira música que me fez pensar ‘Ok, vou atrás do que essa mulher fez’ foi Human Nature. E que tapa na cara essa música!”.

O Leonardo Malta, que tem 21, foi descobrir só aos 15 quem era essa TAL DE MADONNA por ser BEM fã de outra diva, Britney Spears. “Ela é a filha que a Madonna e a Janet Jackson tiveram! Uma leva à outra”, diz. João Victtor, 17, conta que, no começo, “ODIAVA por ser ‘rival’ da Cindy Lauper, mas em 2015 eu ouvi Like a Prayer, vi shows da Sticky and Sweet Tour... acabei me apaixonando!”.

A gente te entende, João. Like a Prayer é irresistível mesmo. Ai, aquele solo do Prince... <3

Depois da descoberta, veio o encantamento, justamente porque é muito tempo e muita história incrível pra ser vista e revista. “Ela não é como o Michael, que construiu uma atmosfera de mistério a sua volta para despertar curiosidade. Ela se fez um ícone porque representou as pessoas e o que elas sentiam, questionou certezas e fez todo mundo pensar”, conta Leonardo. “Foi contra o mundo e o mundo foi contra ela, e mesmo assim nunca foi infiel aos seus ideais”.

Pro Vitor, a coisa MAIS legal sobre Madonna é a sua visão artística e o fato de que ela foi uma das primeiras a tomar total controle de sua carreira e, com isso, usou de estratégias brilhantes para não só cativar o público como também incentivar a quebra de várias barreiras. “Como adolescente gay, necessito saber a história da minha galera LGBTQ+. E ela nos enxergou lá trás, quando tirou da marginalidade nossos passos de dança, nosso estilo de vida e nossa maneira de fazer arte”, conta Leonardo. “A vejo agora mostrando que uma mulher pode fazer música pra dançar de salto alto aos 60 anos e é inspirador”, completa.

Beatriz também fica feliz da vida em ver que Madonna SEMPRE quebra paradigmas e regras estúpidas. “Adorei vê-la usando uma roupa super sexy no Met Gala! Por que mulheres com mais de 50 anos não deveriam se vestir assim?”. E falando em roupas... como não PIRAR em seus figurinos, né? Além do i-nes-que-cí-vel sutiã (i)cônico feito por Jean Paul Gaultier usado durante a turnê Blond Ambition, looks como o do VMA de 1984, da época da Confessions Tour e do clipe de Vogue também ainda fazem o maior sucesso entre estes novos admiradores.

E é claro que, além da Maddie, eles não deixam de ouvir músicas atuais. Lady Gaga, Miley Cyrus, Selena Gomez, Ariana Grande... Todas estas vozes contemporâneas do pop. Mas ninguém acha que essas novas mulheres estariam aí sem o impacto da Madonna. “Ela falou abertamente sobre sexo, desejos femininos e mostrou que as mulheres também têm vontades, escolhas na cama e fora dela. Hoje temos cantoras fazendo músicas sobre cair na pegação, temos a Ariana dizendo que ‘Deus é mulher’, usando até a voz da Madonna em seu clipe sem ter medo”, explica Leonardo. “Tudo por causa dela!”.

E mais do que a própria carreira, essas novas divas também fazem parte desse legado ENORME, ainda que se diga que algumas delas tenham certas rivalidades com a musa mor. Mas Madonna sabe curtir isso muito bem: no VMA de 2003, fez parceria com Britney Spears e Christina Aguilera e deu aquele BEIJAÇO nas duas. Mais recentemente, em Bitch I’m Madonna, ela traz Nicki Minaj, enquanto Give Me All You Luvin’ também tem a rapper e com adição de outra, a M.I.A. Ela já até fez dueto com Miley Cyrus em um show para a MTV! Tudo isso ajuda a renovar o público, mas João Victtor confessa sentir falta de mais ícones adolescentes em sua trajetória. “Eu ia amar vê-la com a Selena Gomez ou a Miley em um single inédito”.

No final das contas, há um consenso sobre o significado dessa carreira: AUTENTICIDADE. “Ela representa a importância de poder ser quem eu sou e ser respeitada por isso”, diz Beatriz. Pra terminar, Leonardo pontua bem a nova fase que chega pra cantora: “Madonna vem aos 60 anos lançar mais um álbum e mais uma mensagem: a de que uma mulher de 60 anos dá risada, canta, transa, dança de salto alto, lota estádios, faz música pra tocar nas rádios e vive a vida”.

É uma DELÍCIA ver como a obra de uma artista pode tocar tantas gerações de tantas maneiras diferentes. Ela chega aos 60 em grande estilo: prometeu em uma entrevista à Vogue Itália um álbum pra 2018 ainda, o sucessor de Rebel Heart, de 2015, CHEIO de influências de fado e kuduro, talvez reflexo de Lisboa, sua nova casa. É isso que ela faz, né? Não para de se reinventar e pessoas de TODAS as idades não conseguem parar de amá-la. <3

Feliz aniversário, Madonna! A gente é apaixonado por você! :D