Encarando e sendo Ali | JUDAO.com.br

Três filmes pra conhecer a pessoa, o atleta e o mito

“Todo mundo agora é fã do Muhammad Ali” é, além de uma afirmação paunocu por natureza, uma infeliz INVERDADE: talvez o mundo fosse um pouco melhor se, de fato, todo mundo fosse fã do Muhammad Ali. THE GREATEST não é exagero nenhum, nem pro atleta, nem pro ser humano.

Tem dois documentários no Netflix Brasil pra você que tem uma ideia de quem foi ou o que fez o cara e que, nesse momento em que o mundo lamenta sua morte, aos 74 anos, deveriam ser assistidos: Eu sou Ali, de 2014, e Encarando Ali, de 2010.

O primeiro é focado mais na pessoa física de Muhammad Ali, através de histórias de pessoas que o cercaram durante toda sua vida — seu irmão, seus filhos, ex-esposa, treinador, jornalistas, adversários e fãs, além de gravações feitas pelo próprio Ali, que ajudam a mostrar porque, como é dito no próprio filme, definir Muhammad Ali como um boxeador, pura e simplesmente, não é justo ao que ele fez.

O outro filme, esse sim, olha mais para o atleta, com alguns dos seus principais adversários falando sobre as lutas, dentro e fora do ringue, ajudando a mostrar que definir Muhammad Ali, como um atleta, pura e simplesmente, não é justo com o que ele fez.

Muhammad Ali é uma das poucas pessoas que podem carregar junto com seu nome a palavra “mito” e que, agora, se tornou uma lenda que todos aqueles que se importam com o esporte e com a pessoa ao seu lado, seja ela quem for, deveriam conhecer. Esses dois filmes ajudam.

Mas pra ter certeza de quem foi esse cara, procure Quando Éramos Reis (When We Were Kings), vencedor do Oscar de melhor documentário, sobre a chamada Rumble in the Jungle, a luta contra George Foreman realizada no Zaire, em 1974, quando Ali retomou o título de campeão depois dos anos sem poder lutar.

Porque é, Muhammad Ali chegou a ser INIMIGO DO ESTADO. Mas a história mostrou quem é que tava certo.

Ali Bomaye!