Aquilo que todo mundo suspeitava meio que se concretizou: Kurt Russell entrou no Volume 2 para ser o papai de Peter Quill. Mas esqueçam Adam Warlock ou Mar-Vell por enquanto.
Devidamente descartada pelo diretor James Gunn a hipótese de que J’son “Jason” de Spartax seria, como nos gibis, o misterioso pai de Peter Quill a ser revelado em Guardiões da Galáxia Vol. 2, obviamente que começaram as metralhadoras de especulações. Aqui mesmo, no JUDÃO, a gente já tinha dado o nosso QUINHÃO de especulações. Só que não era nada daquilo. Apostei no Adam Warlock e me dei mal. ;)
No painel da Marvel realizado neste sábado (23) durante a San Diego Comic-Con, a boataria de que Kurt Russell tinha adentrado o elenco do filme para ser o papai do Senhor das Estrelas foi confirmada. Mas ficou claro que Gunn não mentiu quando rolou toda uma treta quando surgiu certa a informação de que o Capitão Marvel original (Mar-Vell) seria o tal pai de Quill — e o diretor ficou puto e disse que os rumores não estavam nem perto da verdade. “Não sei como conseguiram esta informação, mas certamente não foi de fontes legítimas”.
As fontes “legítimas” desta vez não seguiram seu modus operandi de negar até a morte para depois contarem aos quatro cantos que aquela primeira informação estava, de fato, certinha. Num vídeo exibido exclusivamente no Hall H, Russell foi confirmado como um personagem chamado Ego.
O pai de Peter Quill é Ego, interpretado por Kurt Russell
Enquanto aquela clássica música do Helloween fica aqui tocando na minha cabeça, o leitor mais atento dos gibis originais da Marvel deve se lembrar do único personagem com um nome assim. E ele é, sim, o tal do Planeta Vivo. Que, exatamente, é LITERALMENTE um gigantesco planeta com um rosto em sua superfície e um comportamento bastante ambíguo, alternando entre mentor de certos heróis cósmicos e vilão filho da puta.
Sim, caro leitor, Russell vai ser este mesmo Ego, criação de Stan Lee e Jack Kirby para a revista Thor #132, de setembro de 1966, época em que o desenhista estava empolgadíssimo com a ideia de criar uma mitologia cósmica para a Marvel. Obviamente, no entanto, o trailer exibido na SDCC explica que Ego conseguiu, de alguma forma, criar uma forma humana para usar quando fosse preciso. E o Drax, naturalmente, pergunta se isso inclui um pênis. A resposta é “sim”, caso você também tenha ficado curioso aí no seu momento Brodie.
Extremamente inteligente e dono de um complexo de superioridade do tamanho de um planeta (desculpem, não resisti), Ego é capaz de viajar pelo espaço à velocidades altíssimas, utilizando um equipamento de propulsão instalado em seu pólo sul por ninguém menos do que Galactus. Além disso, dispara rajadas poderosíssimas de energia e consegue alterar A SEU BEL PRAZER a superfície do plane...quer dizer, de si mesmo (?), criando uns tentáculos, gigantescos vales de espinhos e outras paradas.
Originalmente descrito como um cientista que se juntou a um planeta quando o sol ao redor do qual o dito cujo orbitava entrou em supernova, Ego vivia por aí absorvendo espaçonaves e até outros planetas, com o objetivo de se energizar o bastante para levar à frente seus planos de dominação da galáxia (insira risada diabólica aqui).
Mais recentemente, descobrimos que o Ego foi uma criação do Estranho, poderosa entidade cósmica que garantiu consciência ao planeta, que evoluiu dentro da chamada Galáxia Negra, desenvolvendo organismos em sua superfície que são similares a uma massa cerebral e iniciando um processo de questionamento de seu lugar no universo. Aqui, podemos ter uma possibilidade interessante, já que o Estranho não criou apenas o Ego, mas também um segundo mundo senciente, o Alter Ego (pois é, não façam perguntas). E não é que o tal do Alter Ego foi entregue como um presente para ninguém menos do que o Colecionador?
Junte a isso o fato de que, em certo momento, Ego foi “domesticado” e transformado em “base” da Tropa Nova (ficando especialmente puto da vida depois desta ofensa), e pronto: temos algumas pontas nas quais é possível amarrar sem grande dificuldade o personagem no universo cinematográfico dos Guardiões.
Isso e, claro, a história na qual ele “contratou” o Rocket Raccoon pra se livrar de algumas pragas que estavam assolando suas cavernas e florestas. ;)
O que importa aqui é uma coisa: num filme no qual a música é um aspecto tão importante, por que diabos a Marvel não troca uma ideia com os americanos viajandões do Monster Magnet e usa a música deles, um instrumento feito justamente em homenagem ao Planeta Vivo, como trilha sonora do sujeito? Eu aprovo MUITO! :D