Homem-Aranha no Aranhaverso nem estreou ainda e estúdio já tá de olho numa continuação pra animação estrelada por Miles Morales e também num potencial spin-off estrelado só pelas Minas-Aranhas
Parece que depois de tanto tempo com a franquia em mãos, finalmente a Sony tá sacando o que fazer com os direitos cinematográficos dos personagens do Universo Aracnídeo da Marvel. Tá bom, eles sabem que dá pra fazer filmes COM o Cabeça de Teia — e já se ligaram que se as produções tiverem alguma participação da própria Marvel vai dar tudo muito mais certo... Mas e o resto?
Ia rolar um filme do Sexteto Sinistro, mas entrou água no Teioso com Andrew Garfield e desistiram. Aí começou todo este papo de filme do Kraven, filme do Mysterio, o combo Gata Negra + Silver Sable. Era ideia demais e acabamento de menos. Onde iam parar mesmo? Será que algum projeto destes ficaria de pé?
Pois a galera se empolgou com Deadpool e foi lá se meter a realizar um sonho antigo e enfim fazer um filme do Venom. Aquele mesmo que, apesar dos pesares, deu dinheiro pra dedéu, bem mais do que o mais otimista dos engravatados podia imaginar (e que o filme da Liga da Justiça). Na mesma linha, pisaram no acelerador com o tal do Morbius com o Jared Leto (que ainda tem o maior cheiro de bomba, mas tudo bem). Só que aí tem OUTRO lado deste Universo Aracnídeo que alguma alma santa pareceu sacar ser uma boa saída para usar o Aranha e sua galera de uma maneira criativa e não-sinistra.
E então fomos apresentados ao Homem-Aranha no Aranhaverso, a animação que, além do visual quadrinístico incrível, traz para os holofotes ninguém menos do que Miles Morales como protagonista, o que por si só já seria motivo pra comemorar. Mas a sacada de mestre é que, tomando emprestado o conceito de um dos mais divertidos arcos de histórias da família-aranha nos últimos anos, com as portas abertas para Homens e Mulheres-Aranha vindos das mais diferentes realidades possível, não havia mais nenhum limite pra que o estúdio escolher qualquer uma das versões mais loucas do herói, mandando esta coisa toda de cronologia e universo coeso bem pra casa do chapéu.
Aparentemente tão empolgados quanto a gente a respeito do resultado da parada, os caras da Sony já trataram de encomendar uma continuação pra Homem-Aranha no Aranhaverso, muito provavelmente com Miles mantido no circuito. Mas ao contrário do combo formado por Bob Persichetti, Peter Ramsey e Rodney Rothman, a direção ficaria a cargo do português Joaquim Dos Santos, conhecido por seu trabalho tanto como produtor quanto como diretor das séries animadas Avatar: A Lenda de Aang (2003) e Avatar: A Lenda de Korra (2012), além da recente reinterpretação de Voltron: O Defensor Lendário (2016) pro Netflix. O roteiro já foi encomendado não pro Phil Lord, mas sim pra David Callaham, cujo currículo farto e variado inclui desde Os Mercenários até Mulher-Maravilha 1984.
No entanto, espera-se que tanto Lord quanto o parceiro Chris Miller, igualmente responsável por fazer este projeto todo acontecer dentro da Sony, tenham algum tipo de participação criativa na sequência. Amy Pascal, claro, se mantém no papel de produtora.
O mais legal desta notícia é que ela não vai parar por aí. Porque Homem-Aranha no Aranhaverso nem chegou aos cinemas ainda e também já tem devidamente encomendado um spin-off, cuja ideia é ser estrelado apenas pelas personagens femininas do rolê aracnídeo. A nova produção já tem até diretora escalada: Lauren Montgomery, que também trabalhou em Voltron mas chamou mesmo a atenção ao co-dirigir produções animadas da distinta concorrência, como Batman: Ano Um, Superman & Batman: Apocalipse e Lanterna Verde: Primeiro Voo.
O roteiro será de outra mulher, Bek Smith, responsável por alguns episódios da série Zoo, da CBS, além de ter ajudado nos roteiros de Star-Crossed, ficção científica do canal CW.
Ainda não se sabe bem quem poderiam ser as personagens a participar desta nova aventura, embora em Homem-Aranha no Aranhaverso já tenhamos duas meninas no time. A primeira delas é a Spider-Gwen, versão da eterna namoradinha de Peter Parker vinda de uma dimensão na qual não apenas ela não morreu como foi ELA a ser picada pela aranha radioativa, ganhando os superpoderes e se tornando hit absoluto dos gibis, com título próprio e até participação na nova iniciativa série/filme Marvel Rising.
No entanto, talvez você não tenha sacado, até pelo destaque que a Gwen tem nos trailers, mas ela está lado a lado com ninguém menos do que Peni Parker, jovem versão feminina de Peter lá da Terra-14512. Numa Nova York que tem uma pegada meio anime/mangá, ela é uma estudante genial que combate o crime pilotando um robô gigante, herança de seu falecido pai e que atende pelo nome de SP//dr. A versão do filme, mais fofa e bem-humorada, parece ser um bocado diferente daquela que conhecemos nas HQs, mais séria e que lembra muito mais os robôs de Neon Genesis Evangelion.
Além das duas, o que não falta é opção de personagens femininas pra dar conta deste elenco. Só de Mulher-Aranha, já tivemos TRÊS, todas em atividade — sendo que hoje Julia Carpenter, aliás, desempenha o papel de Madame Teia, a profetisa dos paranauês aranhísticos. E a este seleto grupo se junta ainda a Mattie Franklin, que morreu mas, né, é gibi, então isso não quer dizer muito. Aí temos a Garota-Aranha, que é a caçula da turma (mas que também é o nome heroico da filha de Peter e MJ num futuro alternativo), e até a Teia de Seda, que foi picada pela MESMA aranha que picou o Peter Parker da cronologia corrente da Casa das Ideias, o tal do Universo 616.
Se formos levar em consideração, então, a Ashley Barton (filha rebelde do Gavião Arqueiro no futuro pós-apocalítico de Velho Logan que assume um alter-ego aracnídeo) e até a Mary Jane Watson que se tornou uma Mulher-Aranha na cronologia paralela de Renove Seus Votos e uma versão ninja no já mais do esquecível Mangaverso, rapaz, a dona Bek Smith vai ter realmente MUITO brinquedo pra se esbaldar nesta caixinha.
Tomara que ela se divirta tanto quanto a gente já tá achando que vai se divertir aqui também. <3
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